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Editorial - Opinião sem medo!

Mais fácil do que roubar doce de criança!

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A semana após eleição já acabou, e aqui estamos, fazendo esse editorial, para nos posicionar finalmente sobre as eleições municipais. Muitos pensaram que nós esquecemos de falar sobre a reeleição do atual gestor, focando apenas na disputa majoritária, mas evidentemente que não poderíamos deixar esse assunto passar em branco.

Fomos achincalhados por diversos “políticos”, quando afirmamos que estaria muito perto do fim dos dias políticos de Paulo e Joel, no cenário de Nova Serrana. De gruja também entrou nessa história, o fim da força de Zé Manoel. Não que nós tenhamos desprezo ou falta de reconhecimento por esses políticos, mas o que se percebeu é que de fato eles são um passado, que pode ter deixado heranças e marcos, mas estão no passado.

Só abrindo um parênteses, nós também falamos que sobre a renovação da Câmara, apostamos em cinco reeleitos, e na verdade, bateu na trave, foram quatro. Isso porque o MDB mesmo tendo o majoritário e um partido cheio de representantes do legislativo não deu conta de fazer três candidatos, se o tivesse, certamente teríamos aqui a reeleição dos cinco edis.

Bom voltando ao que interessa, por muito tempo quisemos entender porque a expressão “mais fácil do que roubar doce de criança”, é usada quando as coisas são fáceis demais. Claro uma criança não sabe se defender, não tem força para isso, mas ela sabe gritar e aprontar um escândalo. Tente então tomar de uma criança algo que ela tem apreço, verá a barulheira que vai arrumar.

Nessa eleição, no entanto, passamos a entender muito bem o que tal ditado significa. Na verdade a eleição de Euzebio sobre seus adversários foi tão fácil como “roubar doce de criança”. Vejam só!

Primeiro os articulistas que se sentiam as maiores autoridades da política em Nova Serrana tentaram amarrar o deputado, não conseguiram, dando ao prefeito a primeira vitória para a reeleição, afinal, mostraram que de força não tem absolutamente nada.

Segundo lugar, colocaram um nome que apesar de ser de idoneidade intocável, pelo menos até onde se sabe, não foi trabalhado em tempo hábil. Dai perguntamos, porque Joel se omitiu, afinal ele não teria impedimento legal para ser o adversário. Isso ocorreu talvez porque a união do grupo, não aceitaria Paulo e seus subordinados se sujeitarem a ser subordinados de Joel.

Dai se tem a segunda vitória de Euzebio, afinal, subir no ringue com quem nunca lutou facilita e muito o Knockdown. A partir dai tivemos uma enxurrada de bizarrices e erros. Campanha desarticulada, com estratégia de marketing abaixo do que se esperava. O atual prefeito estava com tanta confiança que abriu mão de debater com os adversários, que por não saberem bem o que estavam fazendo, não souberam golpear nos pontos certos.

Com a pureza das crianças, no entanto podemos lembrar que melhor do que roubar o doce da criança, podemos com gentileza pedir de presente. A maior parte dos pequenos de bom coração irão gentilmente compartilhar o seu quitute, assim como Heleno fez no último instante da campanha.

Por falta de senso, no último minuto, como um trunfo, o candidato que vinha começando a ganhar a disposição de alguns indecisos, compartilha um vídeo de apoio do seu irmão, Paulo Cesar, a figura que era justamente o seu calcanhar de Aquiles da campanha.

Heleno era duvida por muitos acreditarem que seu irmão seria o gestor do município, por trás dos panos claro por estar inelegível, e ai, com uma decisão extremamente elaborada e estratégica (provavelmente feita pelo grande articulista político Taco, ou o grupo de especialistas que perdeu três eleições consecutivas), deu de graça, o voto dos indecisos para o atual prefeito, diante da repulsa que se tem pela ideia de Paulo Cesar voltar a ser prefeito.

Fácil como roubar doce de criança, uma vez que nem mesmo se precisa fazer esforço para vencer essa eleição. A criança fez barulho, reclamou, protestou, chorou as mínguas, mas de fato, Paulo, Joel e até Zé Manoel, se ainda não entenderam o recado das urnas, nós vamos ilustrar. Essas personalidades outrora políticas, forram varridas do cenário e mostram que não tem mais foça alguma na cidade.

Para o reeleito, queremos lembrar que os “quatro anos de paz” deve ser na verdade intitulado de “quatro anos de muito trabalho”. Ficou mais do que claro que em Nova Serrana não se tem político com poder de transferência de voto por afinidade, e sendo assim, como não poderá haver o terceiro mandato, que seja promovido o trabalho adequado de descentralização e formação de novas frentes políticas.

Isso claro, se daqui a quatro anos, o atual gestor não desejar que outro nome apareça na disputa pelo pleito contra o seu grupo, e assim, tão fácil quanto roubar doce de criança, jogue também a sua história no limpo, e anule o seu nome político, assim como ele mesmo fez com Paulo, Joel e Zé Manoel.

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