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investigações apontam que o assassinato do padre tem relação com dívidas com traficantes do RJ

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As investigações da Polícia Civil apontam que o assassinato do padre Adriano da Silva Barros foi planejado para quitar dívidas com traficantes do Rio de Janeiro. O crime ocorreu na terça-feira, 13 de outubro e um suspeito, que confessou o crime, foi preso no dia seguinte.

“Este fato foi premeditado. Houve uma reunião no sábado (10) entre o conduzido, o irmão dele e mais uma pessoa residente de Manhumirim para tramar esse latrocínio, ao que tudo indica”, disse o atual delegado responsável pelo caso, Glaydson de Souza Ferreira.

Segundo a Polícia Civil, um dos autores estaria com uma dívida no tráfico no RJ, entre R$ 30 a 50 mil, e precisaria quitá-la ainda nesta semana.

“A motivação estaria relacionada pelo fato de que o irmão desse conduzido, oriundo do RJ, na baixada fluminense, conhecido traficante por lá, estaria devendo uma certa quantia de drogas em razão de que ele teria perdido uma carga de droga durante uma operação da polícia. Em razão desse prejuízo, ele teria vindo aqui para a região de Manhumirim, para levantar esse dinheiro. Foi quando, então, tiveram a ideia de cometer esse assalto”, disse o atual delegado responsável pelo caso, Glaydson de Souza Ferreira.

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Ainda de acordo com a Polícia Civil, foi apurado que os autores teriam atraído o padre para roubar valores e o veículo dele. A forma de como isso aconteceu está sendo investigada.

As investigações apontam que o padre teria sido torturado, em um local distinto de onde foi encontrado carbonizado, para que ele entregasse dinheiro. Foram encontrados vários documentos pessoais do religioso próximo de onde ele teria sido ameaçado.

Já o carro do religioso, conforme a PC, foi levado para o Rio de Janeiro por outros autores que participaram do crime, possivelmente para realizar o pagamento de uma dívida com o tráfico.

A Polícia Civil segue as investigações para obter mais informações dos autores e o automóvel entregue no RJ.

Entenda o caso

Adriano da Silva Barros estava desaparecido desde terça-feira (13). Segundo a Polícia Militar, o padre teria ido visitar a mãe, que está doente, em Martins Soares (MG), e retornaria para Simonésia (MG), onde era vigário, para celebrar uma missa na paróquia.

O religioso foi visto por último deixando a irmã em Reduto (MG), por volta das 13h. Ela foi a última pessoa que teve contato com ele.

No início da noite dessa quarta-feira (14), a polícia foi acionada por um morador do Córrego Pirapetinga, em Manhumirim, ao perceber que havia um fogo no seu terreno e, ao chegar para apagar, encontrou o corpo carbonizado, que também estava com ferimentos causados por faca, segundo a perícia.

O indivíduo preso, de 22 anos, e um adolescente, de 16, foram vistos por testemunhas próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Mais tarde, devido a suspeita, eles foram detidos em casa e encaminhados para a delegacia, onde o jovem confessou o crime.

Fonte: Por Leonardo Almeida – G1

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