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Calçados

Polo de Nova Serrana prevê forte retomada neste ano

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No último mês de setembro, o polo de calçados de Nova Serrana, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, abriu quase mil postos de trabalho. Em agosto, o saldo de empregos também foi positivo. Até o m do ano, as expectativas são de recuperar até 80% do que foi 2019.

Quem arma é o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Lacerda. Apesar do grande impacto da pandemia da Covid-19, pouco a pouco, a região, que abarca 830 empresas, está se recuperando dos efeitos da crise.

Em menos de 12 meses, a situação do local passou por mudanças significativas. Dos 6% de crescimento esperados no início do ano, o polo, quando a pandemia se instaurou no País, se viu obrigado a demitir cerca de 5 mil pessoas entre os meses de março e abril. A produção apresentou queda de 80%. Foram cerca de quatro meses de faturamento muito baixo. Produtos não eram entregues nas lojas, uma vez que grande parte permanecia fechada.

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O que contribuiu para a melhora desse cenário, segundo Lacerda, foi a exibilização das medidas de isolamento social, tomadas para ajudar a combater o contágio da Covid-19. Além disso, o auxílio emergencial, ação do governo federal destinada a pessoas de baixa ou nenhuma renda, também tem ajudado a fomentar o consumo – ainda mais no caso do polo, cujo público-alvo são as classes C e D. Apoio financeiro do governo
às empresas também contribuiu para que elas tomassem fôlego.

Desafios e mudanças

No entanto, apesar de um quadro mais promissor ter se instaurado na região, os empreendimentos do polo de calçados de Nova Serrana também têm vivido desafios, que se relacionam de alguma forma à pandemia e ao que ela causou no País e no Estado ao longo do tempo. Lacerda destaca, por
exemplo, que atualmente há falta de matéria-prima e, consequentemente, aumento dos preços. Os empresários têm se visto obrigados a repassar a alta, o que impacta o consumo.

Para contornar os desafios, os negócios têm buscado alternativas. O comércio online, por exemplo, passou a receber um foco muito maior, assim como a venda direta para os consumidores. Além disso, a própria distribuição dos produtos passou por transformações.“As fábricas passaram a distribuir mais as vendas no interior do Estado”, salienta Lacerda.  Isso porque a capital mineira, uma das maiores compradoras do polo junto à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi mais impactada ela Covid-19 e pelas medidas de distanciamento social.

Porém, não foram somente as empresas que passaram por mudanças. O próprio consumidor também. O fato de as pessoas estarem mais em casa, inclusive tendo em vista a expansão do home office, fez com que elas priorizassem ainda mais produtos confortáveis, como chinelos, calçados femininos mais abertos e sapatos de solados mais macios.

“A gente percebeu que as empresas, com tudo isso, passaram a trabalhar visando produtos com materiais que oferecem maior conforto. A tendência, agora, são produtos que causam bem-estar”, finaliza Lacerda.

Fonte: por Juliana Siqueira – Diário do Comércio

Foto: Divulgação

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