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… Livrai-nos de todo o mal, amém!
As críticas ao Supremo Tribunal Federal estão se avolumando e a nação não sabe mais o significado da palavra “justiça”. Ao buscar na história uma definição mais apropriada encontrei na concepção de Aristóteles, que a justiça define a legalidade e igualdade ou aquele que cumpre a lei ou a igualdade é realizada.
Em termos religiosos a justiça é uma das virtudes cardinais e, segundo algumas doutrinas, é a firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido.
Na verdade, não é o que o país vem acompanhando através das trágicas intervenções da “corte maior” que temos.
Condenados em várias instâncias da justiça são absolvidos ou recebem relaxamentos de pena de forma estranha, enquanto inocentes são presos ou confinados sem qualquer julgamento ou acesso ao processo de acusação.
Os ministros da suprema corte agem, com a certeza da impunidade pelas medidas que determinam, que são eles os autênticos defensores das leis instituídas na manutenção da constituição federal que garante o “estado de direito” e a democracia no Brasil.
Se isso é uma verdade, então cabe aos brasileiros rever nossas leis, que são muito mais punitivas do que justas. Nações, como Estados Unidos da América, Holanda, Dinamarca, França entre outros países mais desenvolvidos, possuem leis seculares sem nunca sofrerem qualquer alteração, interferência ou ajustes para a nova realidade do mundo de hoje.
No Brasil, a cada instante temos versões e definições de interpretação que diz: “o que é lei nesta noite, amanhã poderemos acordar como infratores e sermos presos e enquadrados!” Imagino que a explicação é simples, porém, assustadora.
Em países desenvolvidos, as leis são feitas mediante o clamor da sociedade em sua grande maioria. O desejo da população define o que é melhor e mais justo para todos, independente de raça, cor, credo, classe social ou outra característica. E assim, cumprir as leis, conviver com uma justiça de fato torna a vida mais fácil.
Aqui no Brasil, nossa passividade permite que as leis estabelecidas sejam criadas “em causa própria ou interesses políticos para beneficiar determinados setores”, que encontram nas leis (normalmente financiadas por lobbys inescrupulosos) a proteção para acobertar suas intenções ou ações de caráter duvidosos.
Estamos apavorados com o que o STF tem feito e o que ainda pode fazer. São ministros inteiramente comprometidos com o sistema de aparelhamento e a corrupção de governos anteriores.
A situação é ampla e confusa para o entendimento da população. Estado e municípios seguem a mesma regra e os exemplos são evidentes e pior: é mais comum administrar por decretos, que se tornam lei, do que buscar conhecer a vontade do povo.
Estamos num momento sombrio na terra do sol e carnaval. Estamos desfilando como palhaços em piruetas no picadeiro. Mas é fácil perceber que nosso ceticismo frente ao que acontece permite o agravamento da situação.
A quem vamos recorrer? Aos ministros do STF? Aos políticos que legislam sem saber o que fazem?
Talvez possamos encontrar uma solução na coragem de nossas consciências ou na oração que Jesus nos ensinou: “- Pai nosso que Estais no céu…. E livrai-nos de todo o mal, Amém!”