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Interesses escusos…

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Na última semana uma reunião realizada no gabinete do presidente da Câmara de Nova Serrana pode ter sido crucial para o desfecho de um encalço que vinha tornando a vida dos moradores da comunidade de Areias Brancas, do empresário “Tonho Moreira” e até mesmo do executivo, menos tranquila.

Na ocasião a busca por uma solução de acordo quanto a situação da infraestrutura da comunidade era o que se esperava do encontro, contudo por parte do executivo os representantes do governo foram taxativos em afirmar que o município nada poderia fazer, até porque poderiam abrir um precedente.

O precedente em questão, caros leitores, está relacionado a uma postura da atual administração em buscar na justiça o cumprimento das ações de infraestrutura por parte dos empreiteiros que abrem loteamentos no município.

Tonho Moreira foi o primeiro, de alguns outros que devem ser acionados judicialmente, contudo alguns pontos devem ser avaliados de forma mais ampla.

A primeira esta relacionada ao fato do chefe do executivo nem ao mesmo dar as caras na reunião realizada na câmara e segundo pontuado pelo empresário, pessoalmente Euzebio Lago não participou dos encontros e não fez por onde solucionar situação dos moradores.

Em diversos momentos o empresário afirmou que a postura do executivo era covarde e ainda, deixou claro que na busca pelo acordo o que ele queria era que o município se solidarizasse pela população e fizesse pelos moradores de forma gratuita o que o empresário irá cobrar dos moradores, que nem ao menos vem cumprindo seus contratos quanto às parcelas dos terrenos adquiridos.

Pelo executivo, o secretário de articulação política, o vice-prefeito e o procurador adjunto estiveram presentes na reunião e até mesmo pontuaram que ali nada poderia ser feito pelo fato dos advogados do empreendedor não estarem presentes.

E por falar em advogado, uma visita ilustre se fez presente na reunião, se trata do ex-procurador do município, Dr. Carlos Magno, esposo da atual procuradora da Câmara, Drª Marcia Vieira, se fez presente na ocasião para dar seus pitacos e conselhos.

O que gerou estranheza na situação é que enquanto o empresário não tinha seus representantes legais, o então convidado da Câmara ficou de forma brilhante manipulando a legislação para buscar um entendimento legal que beneficiasse o empresário e instituísse para a administração municipal uma responsabilidade quanto à estrutura.

Carlos Magno transitou com pitacos e conselhos que foi de uma planilha superfaturada quanto aos valores para aplicação da infraestrutura até mesmo propor uma lei para que os vereadores tornassem válida possibilidade do município investir na comunidade.

A participação do ex-procurador deixou claro que Paulo Cesar de Freitas ainda está por detrás dos fatos e acontecimentos que diariamente agitam a rotina da Câmara.

E diante da sua busca por uma condição legal, é importante ressaltar que os pitacos do advogado não são necessariamente as melhores diretrizes a se seguir, até porque, seguindo suas diretrizes Paulo Cesar de Freitas se tornou inelegível e acumulou processos e mais processos em suas três administrações.

De forma geral o que vemos nesse contexto são duas partes que seguem de forma equivocada fazendo de tudo para que a situação os beneficie, mas não necessariamente beneficie a população.

A prefeitura e a figura do prefeito ao se omitir e não participar destas reuniões, talvez por ter acontecido na Câmara, deixa a entender que o assunto não tem tanta importância para uma gestão que insiste em levar para a justiça processos contra empresários e afirma que nada pode fazer pela população.

Por parte da Câmara, a dor de cotovelo de não ter sido chamada para fazer parte da última reunião e agora ter inserido no processo o ex-procurador, mostrou que o interesse é carregar a fama por ter resolvido o impasse, ainda que para isso, a exemplo de Paulo Cesar, a lei tenha que ser manipulada e assim brechas em tempo futuros sejam escancaradas.

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