Governo Estadual
Minas tem 295 casos de coronavírus e duas mortes pela doença dentro de presídios
De um total de aproximadamente 60 mil presos em Minas Gerais, 295 já testaram positivo para coronavírus, sendo que dois morreram pela doença até o momento. Esses detentos são das unidades de Águas Formosas, Divinópolis, Pitangui, Iturama, Manhumirim, Ceresp Gameleira (BH), Pompéu, Nova Serrana, Penitenciária José Maria Alkimin (Ribeirão das Neves) e Formiga.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 290 custodiados estão cumprindo período de quarentena dentro das unidades prisionais, acompanhados pelas equipes de saúde, e estão assintomáticos ou com sintomas leves da doença. Suas alas foram isoladas, desinfectadas e todos servidores e demais detentos do local usam máscaras.
Também há três pessoas em prisão domiciliar concedida pela Justiça e monitoradas com tornozeleira eletrônica. Dois estão internados em algum hospital com suspeita da doença.
A respeito dos casos de coronavírus em policiais penais, a Sejusp disse que não informa esses dados por questões de segurança e também para o número não impactar na prestação de serviços à população.
Cuidados
Segundo o governo de Minas, para evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de porta de entrada, distribuídas em todo o Estado, que funcionam como centros de triagem para novos custodiados. Cada novo preso está sendo encaminhado para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias em quarentena e em observação.
As visitas presenciais foram suspensas para diminuir a circulação de pessoas provenientes do ambiente externo. A entrega de kits suplementares, contendo alimentos, remédios, entre outros itens, também está interrompida – esses itens continuam sendo fornecidos pelas unidades prisionais.
Para os presos que apresentaram sintomas da doença, o protocolo é: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento. “Em todas as unidades em que há presos confirmados para a Covid-19, a desinfecção do ambiente também é imediata e os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva”, informou o governo estadual.
Os ambientes estruturais das unidades prisionais, como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e veículos estão passando por higienização reforçada, semanalmente, durante a pandemia. Em locais onde há vários detentos confirmados para a doença, a limpeza e a desinfecção são feitas diariamente.
Presos e servidores que apresentam sintomas gripais recebem a aplicação do teste RT-PCR fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Já aqueles assintomáticos que tiveram contato com doentes realizam os testes rápidos.
Ainda de acordo com o governo, no interior das unidades prisionais, já foram mais de 2,2 milhões de máscaras produzidas por detentos, que eles mesmos usam. Todos os servidores são obrigados a circular dentro das unidades fazendo uso dos equipamentos de proteção.
Até agora, já foram realizadas mais de duas mil videoconferências judiciais durante a pandemia. Foram instalados equipamentos para a realização desses eventos em todas as unidades prisionais para evitar o deslocamento de detentos e policiais.
Fonte: Por Gabriel Moraes – O Tempo
Foto: Imagem Ilustrativa – O Popular
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