A cliente procurou a clínica e precisou colocar prótese dentária, mas o serviço, segundo ela, foi realizado de maneira inadequada e com materiais de baixíssima qualidade. Após o procedimento, as próteses ficaram soltas devido à ausência de parafusos de fixação, o que causou dor e perda da função mastigatória. A aposentada teve perda óssea e seus dentes começaram a cair.
A cliente precisou ainda retirar completamente a prótese e colocar uma provisória em outra clínica. Os implantes com parafusos maiores e adequados foram refeitos para ela voltar a se alimentar regularmente.
Como justificativa, a clínica que a atendeu disse que a cliente sofria de bruxismo e não respondeu ao pedido de indenização na Justiça dentro do prazo previsto em lei e, por isso, foi julgada à revelia. Para o juiz Rodrigo Peres Pereira, o relatório apresentado comprovou que os implantes estavam mal posicionados e inexistiam parafusos para a fixação da prótese, o que causou a perda óssea.
“De fato, o nexo de causalidade entre a conduta da ré e o resultado proveniente da má prestação do serviço está evidenciado”, confirmou. E, por isso, condenou a clínica a indenizar e a devolver todo o valor pago para o tratamento.