Mudanças ou lambanças!

Toda campanha eleitoral municipal é a mesma coisa, o candidato da situação afirma que dará continuidade a um trabalho que justifica como bem feito, e os candidatos da oposição se colocam a criticar e afirmar que vão apresentar um novo modelo de gestão, uma nova forma mágica de resolver as coisas e ser político.

Quando falamos dessas críticas, algumas estão sempre em pauta: saúde, educação, segurança, lazer, e a tão sonhada redução das despesas da máquina pública.

Se você caro leitor, não entende bem sobre política e administração pública, o que duvidamos, uma vez que é nosso leitor e aqui recebe informações ricas em detalhes sobre como funcionam as coisas no meio público, vamos esclarecer o que é essa tão sonhada redução.

De modo grosseiro essa redução parte da economia, de diminuir os gastos, e quando falamos disso, prefeitos gostam de expor aluguéis negociados, contratos exorbitantes cancelados, cafezinhos que são reduzidos ou extintos, mudanças no horário de atendimento.

Não que essas medidas sejam ruins economicamente para o município, afinal melhor é pingar do que faltar. Mas tem um lugar que os prefeitos não gostam de mexer, esse lugar é os cortes de funcionários.

Os prefeitos prometem mundos e fundos por votos, vereadores negociam votos, e no fim das contas a fatura é uma máquina inchada, repleta de gente que ganha relativamente bem e trabalha significativamente mal.

Você deve estar pensando que somos maldosos, mas olha, na verdade o que percebemos é que muitos mal trabalham.

A máquina é o poder de troca, por ela existem chantagens. Existe por exemplo em Nova Serrana o mito ou boato de que certo secretário ocupou a pasta há alguns anos atrás após chantagear certo prefeito com “provas” que poderiam complicar sua vida pessoal e política.

Queremos deixar claro que nesse editorial não vamos jogar a farinha no ventilador porque como afirmamos, são boatos, assim esperamos, ou até que alguém mostre o contrário.

Voltando aos dias atuais, uma das promessas da atual gestão foi justamente a redução da máquina, e com exceção de alguns que tiveram os salários reduzidos a folha da atual administração não é nada magra.

Nesta semana, percebemos na reunião ordinária da Câmara, que o ex-companheiro da imprensa, Dr. Ezequiel Silas, assumiu o papel de articulista da atual administração. E queremos deixar claro que chamamos de ex-companheiro, porque agora ele ocupa um cargo na administração municipal e assim sendo não seria nada ético continuar atuando como jornalista, função que executou muito bem por sinal.

Também recebemos nos bastidores a informação que Hudson Bruno, conhecido como proprietário do jornal Gazeta de Nova Serrana, também assumiu um cargo junto ao executivo. E se nós lembramos bem é a segunda vez que Hudson atua junto ao executivo, pois foi secretário de comunicação de Paulo Cesar de Freitas, no seu último ano de gestão, substituindo nosso colunista Leonardo Junqueira, na ocasião.

O que paira como dúvida aqui é que, dois importantes nomes do município assumiram cargos relevantes na cidade, mas quem sai para a entrada dos notáveis?

Ezequiel é claramente um articulista e vem executando esse papel na cidade, já como jornalista que aqui em nosso Popular ponderava o passo a passo da política pública, e ele é um nome que tem tudo a ver com o cargo, afinal precisará entrelaçar acordos e projetos com uma oposição que vem se tornando cada dia mais ferrenha.

Já Hudson é um estrategista e após trabalhar para Fábio Avelar, deve ao menos tentar agregar algo junto ao executivo, onde se tem muitas cabeças querendo a fama e poucas assumindo a responsabilidade do suor do trabalho.

Esperamos, contudo que essa seja uma mudança e não uma lambança, que as relações sejam éticas e profissionais, e que as diretrizes do trabalho não se percam, assim como ficam para trás as promessas políticas.

Desejamos boa sorte aos novatos, e ao executivo, deixamos clara a mensagem de que continuaremos tão próximos quanto antes, para noticiar as mudanças ou lambanças que podem ser feitas pelos políticos de Nova Serrana.