À ELAS todo Bem e toda Graça….hoje e sempre!

Confesso não ser um entusiasta nem me deixo seduzir pelas tais “datas especiais”, sempre questiono sobre quem inventou esses “dias de”, e baseado em que. Apesar de eventuais evidências, me recuso a crer que essa “mágica” ideia resista ao tempo, à modernidade, às novas gerações, fincada apenas no foco de atiçar as vendas do ‘quase sempre em crise’ mercado comercial, mas que por ora, em tempos pandêmicos, se apega à data vindoura, como um sopro, capaz de lhe propor sobrevida, ante uma crise, sanitária e econômica, de inimagináveis proporções.

Seja lá como for, se me proponho a abordar o tema do momento – o “Dia das Mães” – prefiro fazê-lo direcionado à figura materna, para quem, certamente, tal dia é apenas uma vírgula no traçado de sua (árdua) trajetória; mãe é uma criatura singular, doa-se aos seus por completo; definidas com perfeição na metáfora da poeta Cecília Meireles: “aprendem com as primaveras a deixarem-se cortar e voltarem sempre inteiras”.

Mães são aquelas que nos conhecem profundamente: nos atormentam e salvam. Sabem, através de um rápido olhar, se estamos bem ou se há algo a nos aborrecer; identificam no tom de voz, a melancolia e a alegria, leem nossas expressões ofertando o colo quando necessário e são capazes de sentir nossas sensações, como se a adivinhar nosso pensar.

Mães são as personagens que traduzem, literalmente, o significado do termo amor incondicional: AMAM…contudo, todavia, portanto, além e apesar de; são doutoradas, nesse que é o mais sublime dos sentimentos experienciados pela humanidade; irradiam entusiasmo, expressam o aconchego, a paz e a segurança que habitam nossa memória infantil e que, não raro, tentamos resgatar para a busca do equilíbrio cotidiano.

Mães têm humildade, esperança, paciência, sabedoria e compaixão. São virtuosas, algumas vezes excêntricas, eventualmente exageradas; uma mistura de sentimentos, sempre desejosas do melhor para os seus.

Compreendem e materializam o perdão como ninguém e o praticam por antecipação. Suas lembranças são sempre dóceis e dentro delas somos eternas crianças, acalentadas por esse infindo amor.

Mães, curiosamente, guardam muitos segredos e um poder de superação que resiste aos infortúnios com coragem e determinação imbatíveis, possuem uma força que elas próprias, não raramente, desconhecem, e que impulsionadas pelo bem-querer aos seus, agigantam-se instintivamente para proteger seus rebentos.

Mães são senhoras da beleza de um jeito especial e único. Mulheres puras na imperfeição, porque têm a remissão do que é divino. Afinal, são Mães – as nossas. Presenteados somos, pelo BOM PAI, que nos concede a Graça do convívio cotidiano, ao lado de tão frutuoso ser, que encontram na doação aos seus, o sentido da vida.

Nesse mês, especialmente dedicado à elas, ainda que por ” influência mercantil”, que possamos minimamente retribuir, o amor que delas recebemos, na gratuidade, uma vez que não raro, o imerecemos; que saibamos saborear cada instante, da docilidade que só elas proporcionam; e que vivamos a intensidade desse amor que não se encerra, expresso na singeleza, ainda que em tempos de limitações.

A ELAS nossa gratidão, respeito, afeto, apreço. Feliz dia das mães, todos os dias.

Abençoada semana / Graça e Paz

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