“Nosso estudo fornece evidências diretas muito necessárias sobre um medicamento – chamado APN01 (enzima conversora de angiotensina solúvel recombinante humana 2 – hrsACE2) – que logo será testado em ensaios clínicos pela empresa europeia de biotecnologia Apeiron Biologics como uma terapia antiviral para a covid-19 “, diz Art Slutsky, cientista do Centro de Pesquisa Keenan para Ciências Biomédicas do Hospital de St. Michael e professor da Universidade de Toronto, que é colaborador do novo estudo. Os testes do medicamento foram feitos em tecidos humanos, em laboratório, e eles reduziram a carga viral do novo coronavírus.
O estudo analisou como o vírus interage com o corpo em nível celular, assim como com os vasos sanguíneos e rins. Estudos prévios mostram que o coronavirus se liga com células ACE-2, por meio de espinhos de proteína, e se reproduz, causando os sintomas característicos da covid-19, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Vale notar que nem todos os infectados têm quadros sintomáticos.
A pesquisa foi financiada pelo governo federal do Canadá por meio de um fundo de emergência voltado para a aceleração do desenvolvimento de medidas para lidar com a pandemia de covid-19.
Nesta semana, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, publicaram um estudo científico sobre uma vacina criada com uma versão do vírus que foi revisada pela comunidade científica e mostrou resultados promissores em ratos, apesar de ainda não ter sido testada em humanos até o momento. A Organização Mundial da Saúde estima que uma vacina contra o novo coronavírus estará disponível dentro de 18 meses. Por conta disso, por enquanto, a quarentena ainda é a política pública mais recomendada por especialistas e pesquisadores globalmente, mesmo com os potenciais efeitos negativos para a economia.
- Fonte: https://thegoodnewscoronavirus.com/