A delegada Edilaine Moreira informou que o padrasto ficou em silêncio durante o depoimento na Central de Flagrantes. Os nomes do investigado e do advogado de defesa não foram divulgados até a publicação desta reportagem.
A menina registrou o assédio no domingo (29). Ela enviou os vídeos para uma tia, que chamou a polícia. A prisão ocorreu no dia seguinte.
Imagens
O vídeo mostra a adolescente sentada na cama quando o padrasto entra no quarto e tenta beijá-la na boca.
– “Então me dá só um selinho”, pede o suspeito.
– “Não”, recua a adolescente.
– “Anda”, ameaça novamente o padrasto.
Ele sai do quarto, mas volta querendo tocar nos seis da menina. “Tira a mão”, ameaça o homem, enquanto a menina cruza os braços para se proteger. Depois, o padrasto sai novamente do quarto.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da cidade. Em entrevista para psicólogo da polícia, a adolescente contou que o padrasto a assedia há um ano, mas que não houve relação sexual. Após a entrevista, ela foi levada para a casa de um parente.
Segundo a delegada Edilaine Moreira, a mãe não sabia dos episódios de abuso e nunca reparou comportamento anormal na filha.
“O suspeito ficou em silêncio durante depoimento. Mas a menina contou para a tia que os abusos acontecem há um ano e que ele sempre pede para ver os seios dela e toca no corpo. Ele pode responder por estupro de vulnerável, com agravante por ter relação familiar, cuja pena mínima é de oito anos de reclusão”, esclarece a delegada.
O homem está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia à espera de audiência de custódia no Poder Judiciário.