Editorial - Opinião sem medo!
Víitimas de nossa própria inoperância!
Neste fim de semana nossa redação, ou melhor a família Popular ganhou mais um integrante, nosso editor ganhou mais um netinho, e o menino que nasceu cheio de saúde em um lar que o ama terá pela frente uma sociedade completamente diferente da que hoje vivemos.
Quando olhamos para os nossos filhos e netos, quando olhamos para a sociedade na qual vivemos é impossível não refletir e já se preocupar com a sociedade em que nossos pequenos vão crescer e se desenvolver.
Ao percebermos que nas escolas nossos filhos não estão mais seguros, porque um louco que trabalha na instituição entra no ambiente de refugio dos pequenos e os incendeia. Quando olhamos para fora e percebemos que um jovem cheio de traumas e complexos invade uma escola e tira a vida de dezenas de crianças com uma arma de fogo, passamos a temer pelo futuro.
Se pensarmos que o mundo esta em guerra e abrirmos nossos olhos para além das manchetes em que Neymar é a pauta, vamos olhar a Síria sendo devastada, vamos perceber milhares de crianças vivendo com biscoitos de barro e sal no Haiti, e por incrível que pareça, situações semelhantes também acontecem pelos lados de cá.
Como temos memória seletiva talvez já nos esquecemos que no ano passado um pai de família foi flagrado atentando contra a própria vida, pelo fato de não suportar mais a situação em que vivia, vendo seus filhos passarem fome.
Se olharmos atentamente, vamos perceber que nossa boçalidade ao criticar o uso das forças militares no Rio de Janeiro, afirmando que existe uma outra solução, contudo, o jovem que foi vítima de um crime qualificado, e perdeu a vida na porta da igreja, no dia do seu aniversário, não teve outra opção.
Na verdade caros leitores, vivemos um momento onde temos que definir qual sociedade queremos construir para os nossos pequenos, qual cidade nós queremos para o nosso futuro e futuro de nossos filhos.
Nos dias de hoje temos pensamentos vãos e momentâneos, pregamos pelo errado para defender nossos maus hábitos, e a partir dai usar algo que pode ser prejudicial a saúde e incide sobre o início vicioso do tabaco como o narguilé é um pensamento indevido e sem valor, proibir a veiculação de músicas de baixo calão é censura, e os valores são deixados de lado para que não mudemos nossos vícios.
Quando pensamos na sociedade que queremos construir temos que estar aptos para mudar quando necessário, temos que estar conscientes que necessitaremos de uma nova postura, de sair de nossa zona de conforto e que se não for possível apenas reformar a casa, estaremos dispostos a derruba-la e começar a construção do zero.
Nossa cidade é um lugar onde o povo é trabalhador, onde o povo transpira por um futuro melhor, mas que quando esbarramos em questões políticas e culturais (não falando da pasta do executivo), passamos a perceber que temos uma condição de vida retrógrada.
Na política estamos andando a passos largos para trás, estamos usando a democracia para privilégio próprio, para partidarismos e revanchismo, para esconder o que está errado e privilegiar a poucos, para tornar a vida do vereador, do prefeito, do secretário, do deputado mais confortável enquanto o telhado cai na quadra da escola em uma comunidade que talvez essa quadra seja a única opção de lazer para as crianças daquele local.
Enquanto olhamos para o próprio interesse, os bandidos se armam, se organizam, aliciam nossos adolescentes com a proposta de um par de tênis, dinheiro para comer o bom e o melhor, roupas bonitas e uma vida fácil.
A vida fácil inclusive não é o sonho dessas crianças, acredite é apenas a opção que lhes é proposta, e se você não acredita nisso, entenda, nem todos conseguem ser felizes apanhando da vida pela vida toda.
Por fim cabe a nós mudarmos essa realidade e para que isso aconteça todos temos que refletir e pensar no que realmente desejamos para nossa cidade. Afinal o futuro que está logo a nossa frente, é construído com nossas ações de agora, e se continuarmos apenas a ficar preocupados com a sociedade em que nossos filhos e netos crescerão e efetivamente não agirmos, só nos restará lamentar por sermos vitimas de nossa própria inoperância.