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Idosos abandonados – qualidade de vida – investimentos – futuro político

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IDOSOS ABANDONADOS – QUALIDADE DE VIDA – INVESTIMENTOS – FUTURO POLÍTICO

Ganhou notoriedade na última reunião da Câmara a discussão e votação do projeto de lei 74/2019, que trata sobre a obrigatoriedade de se instalar lixeiras em todos os imóveis urbanos da cidade. O que parecia ser um simples projeto, já que não possui tantas particularidades que devessem ser estudas com mais profundidade, tomou aproximadamente quarenta minutos de uma reunião que poderiam ser destinados a assuntos bem mais relevantes.

ENTRAVE

De acordo com o sítio eletrônico da casa legislativa, o PL foi protocolizado em 30/05/2019. Já havia sido levado à sessão plenária para votação, porém retirado. No intuito de por fim ao imbróglio do citado projeto que ganhou mais notoriedade pelas críticas em redes sociais do que pelos benefícios de sua essência foi rejeitado por sete votos a cinco, não podendo voltar à discussão na atual sessão legislativa com o mesmo conteúdo.

E SE FOSSE APROVADO?

O referido projeto que teria por finalidade acondicionar melhor o lixo urbano em lixeiras ou até mesmo ganchos dependurados, evitando que em dias de chuvas fosse arrastado até os ribeirões, previa além da despesa de instalação das lixeiras, multas para quem descumprisse o mesmo. Basta uma simples análise para perceber que o objetivo só seria cumprido se houvesse uma limpeza urbana eficiente que, diga-se de passagem, há anos vem deixando a desejar. Soaria estranho, ver o autor do projeto, que defende com todas suas forças o executivo municipal, cobrando da administração municipal eficiência nas coletas por estar sendo cobrado pelos munícipes onerados com a instalação da lixeira.

IDOSOS ABANDONADOS

Ainda na mesma reunião, foi divulgado um vídeo pelo vereador Cabral, onde em contato a Sra. Presidente do grupo da terceira idade demonstrou o abandono pelos órgãos públicos que o grupo vem passando nos últimos tempos, especialmente pelo executivo municipal. De acordo com a Presidente, o transporte para outras cidades, onde ocorrem frequentemente eventos que integram pessoas da melhor idade foi simplesmente suspenso. O auxilio, visando o término das obras de sua sede própria, também não existe. Os “encontrões” que eram realizados pelos membros do grupo, interagindo com outros grupos de outras cidades, foram abandonados. Resumidamente o grupo clama por socorro e atenção.

CRESCIMENTO

É comum entre os nova-serranenses, nos vangloriarmos por décadas sermos a cidade que mais cresce em Minas. Dizer que hoje somos a segunda maior cidade do centro-oeste de Minas, deixando para trás cidades prósperas como Bom Despacho, Itaúna e Pará de Minas. Para alguns mais entusiastas, Divinópolis, em aproximadamente duas décadas perderá sua majestade para a capital mineira do calçados.

QUALIDADE DE VIDA

Saber e dizer que crescemos muito pode ser bom, mas tem as suas limitações e atipicidades. É fato que não dá para encher os pulmões e dizer satisfatoriamente que Nova Serrana é referência não só em crescimento, mas também em qualidade de vida. Para uma cidade que superou a barreira dos cem mil habitantes, temos um número ínfimo de áreas publicas para a prática de esportes e lazer. As poucas praças que temos, assim como o asfalto de nossas ruas estão sucateadas. Falta incentivo às agremiações esportivas para as suas disputas, falta promoção de atividades esportivas e culturais dentro da cidade, para que participantes e envolvidos conheçam nossas estruturas e que ao retornar, levem a boa impressão de que também somos bons anfitriões e que estamos abertos a interatividade. O investimento no lazer e na cultura é tão importante como os de outras pastas. Ouvir um idoso gritando pedindo por atenção ou um jovem que há tempos busca na tribuna da câmara municipal, nas redes sociais, nas vaquinhas entre participantes, familiares e amigos, condições para que seu sonho não seja furtado tem causado tristeza.

INVESTIMENTOS

Talvez se prestássemos um pouco mais de atenção, a verba destinada à publicidade institucional, que prevê gastos que superam um milhão de reais para um período de doze meses. Em tempos de vacas magras, que se recorre a iniciativa privada, com o pires na mão para que seja instalada uma lâmpada aqui ou uma manilha ali, ou seja, de contingenciamento de despesas e de sabedoria de onde se gastar o pouco que tem incentivar a prática do esporte, a cultura, cuidar preventivamente dos nossos jovens e dos nossos idosos, ter mais espaços de convivência e harmonia, custeando pequenas viagens, nos soa muito mais salutar do que encher ainda mais os cofres de grandes canais de comunicação.

MEDIDA AUSTERA

Tentando ajustar as contas do legislativo municipal, visando o fechamento de fim de ano, a Presidente da casa, Terezinha do salão, implementou uma medida bastante austera, demitindo mais de vinte servidores do legislativo municipal. Como se não bastasse o corte de profissionais contratados, a água e até o cafezinho, que em outros tempos, era regado à torta holandesa e outras deliciosas guloseimas, foram contingenciados. É possível que as medidas adotadas, caso não estivessem atreladas a escassez de recursos, talvez não fossem tomadas. Mas fato é que por bem ou por mal o legislativo vai se movimentando, já o executivo que prometeu cortar na carne, continua terceirizando, inclusive na contratação de veículos executivos luxuosos para o alto escalão administrativo. Enquanto isto, sequer a reforma administrativa saiu da gaveta.

CAIU NA REDE

O vereador afastado Juliano da Boa Vista, utilizando-se de suas redes sociais, postou uma pesada critica ao chefe do executivo municipal. Pela postagem, é perceptível que o descontentamento do vereador se deve a peça publicitária institucional do município, que dizia que a escola que recebeu algumas salas de aulas estava sucateada. Juliano é de Boa Vista e sempre trabalhou em prol da comunidade e pelo visto não ficou nada satisfeito com os dizeres da peça institucional. Posteriormente, após diversas manifestações, a postagem foi retirada do ar.

FUTURO POLÍTICO

Nova Serrana, por quase três décadas, esteve sob a administração de dois lideres políticos que se revezavam no poder. Na última eleição, experimentou pela alternativa diferente. O que para alguns era tratado como novo, para outros de diferente, de dar uma chance ou voto de protesto, parece poder experimentar uma nova opção ainda em 2020. Nomes tradicionais como Paulo César, Joel Martins estão sempre em evidencia nas rodas de amigos. Fábio Avelar parece ser uma unanimidade entre os cientistas políticos de plantão. Nos grandes centros, nomes de perfis técnicos, que demonstrem capacidade, visão de futuro, habilidades para dialogar e empreender em buscar recursos, sem amarras, não dependentes dos rendimentos do cargo, que sejam novos, não só no nome, mas na prática administrativa, tem tomado conta do cenário preparatório para as eleições do ano que vem. Nova Serrana de perfil extremamente empreendedor, tem entre seus munícipes diversos nomes com a referida característica.

ESTADO QUEBRADO

O governo de Minas enviou a Assembleia Legislativa, a proposta de orçamento para 2020. Segundo o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhado ao legislativo estadual, a previsão é de um déficit orçamentário de R$ 13,2 bilhões. A julgar pelo projeto encaminhado, é perceptível que o estado ainda não se encontra em seu melhor momento financeiro, inclusive já admitido que o pagamento de salários dos servidores continuará sendo feitos parceladamente e que o décimo terceiro salário deste ano, só será pago em 2020. Espera-se que o governo consiga cumprir com o acordo firmado com a Associação Mineira de Municípios, já que a partir do ano que vem se inicia o pagamento dos maiores valores devidos aos municípios.

FRASE DA SEMANA

“O supremo haveria de ser o guardião da ordem jurídica. Peço, encarecidamente, que os ministros prestem atenção ao sentimento de indignação e desânimo que está tomando conta das pessoas. Esse sentimento não é bom para nenhuma nação”. Janaína Paschoal, deputada estadual – PSL –SP.

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