Internacional
Trump assina decreto banir pessoas trans das forças armadas nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira 27 uma ordem executiva para remover o que chamou de “ideologia transgênero” das Forças Armadas do país. A medida, entre outros pontos, abre caminho para o banimento de militares trans. Medida semelhante já havia sido adotada pelo republicano em seu primeiro mandato.
“Para garantir que vamos ter a força de combate mais letal do mundo, eliminaremos a ideologia transgênero de nossas Forças Armadas”, disse Trump na manhã desta terça-feira 28 ao comentar a ordem executiva.
No decreto assinado, Trump alega que a adoção de uma identidade de gênero em desacordo com o sexo biológico é conflitante com o comprometimento de um agente, que deve levar um estilo de vida “honrado, verdadeiro e disciplinado até na sua vida pessoal”.
O banimento de pessoas trans das Forças Armadas nos EUA não é, exatamente, uma novidade. Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump já havia assinado um termo que impedia que pessoas trans ou em processo de transição vestissem a farda.
À época, foi recomendado ao governo que permanecessem na função apenas pessoas trans que já estivessem em carreira militar estável e que não tivessem afastamentos médicos ligados à transgeneridade nos últimos 18 meses. A medida foi revogada por Biden em 2021.
Segundo dados do Instituto de pesquisa Palm Center, aproximadamente 14 mil agentes trans integravam o Exército norte-americano em 2018. O balanço é o mais atual sobre o tema e aponta que o grupo de militares trans representa menos de 0,10% do total efetivo das Forças, que atualmente conta com 2 milhões de inscritos.