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Economia

Vendas de veículos eletrificados em Minas foi recorde em 2024

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Belo Horizonte é a quarta cidade no País que mais emplacou eletrificados no último ano, com 6,2 mil veículos deste tipo - Foto: José Cruz / Agência Brasil

Acompanhando o bom desempenho nacional, o mercado de veículos elétricos e híbridos em Minas Gerais bateu recorde e superou expectativas ao encerrar 2024 com 10,8 mil emplacamentos realizados. Na comparação com o ano anterior, foram 4,4 mil veículos a mais vendidos em solo mineiro, um avanço de 68,4%, conforme indicado no recente levantamento elaborado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Belo Horizonte, com 6,2 mil emplacamentos, figurou entre as cidades brasileiras que mais emplacaram eletrificados no último ano, atrás apenas de São Paulo (24,4 mil), Brasília (16 mil) e Rio de Janeiro (7,8 mil). A capital mineira registrou a maior fatia de venda em Minas Gerais, correspondendo por 57,2% do marketshare estadual, seguido por Uberlândia (10,8%), Juiz de Fora (7,4%) e Uberaba (2%).

O resultado reflete a intensa procura por veículos eletrificados em Minas Gerais, especialmente nos últimos dois anos. Para a ABVE, a categoria engloba veículos com algum grau significativo de eletrificação, como os 100% elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos puros (HEV), híbridos a gasolina ou álcool (HEV Flex), e micro-híbridos e mild hybrid (MHEV).

Ao avaliar o desempenho da categoria no último ano, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, destaca que um conjunto de fatores contribuiu para que esses veículos conquistassem de vez os brasileiros. “Crescemos de forma sustentável, com saltos ligados à tecnologia, a eletrificação mais forte e o consumidor entendendo melhor a proposta dos híbridos e elétricos. Com isso, ampliamos a oferta de modelos e preços em diferentes condições, beneficiando todo o setor”, pontua.

Também em crescimento, a infraestrutura para veículos híbridos e elétricos mais que dobrou em 2024. Em janeiro, o Brasil contava com pouco mais que 4 mil pontos de recarga públicos e semi-públicos e encerrou o ano com mais de 10 mil unidades.

A pretensão, segundo Bastos, é que em 2025 o foco em infraestrutura seja de crescimento qualitativo em detrimento ao quantitativo. “Esperamos um crescimento expressivo em qualidade de carregamento, com carregadores rápidos e ultrarrápidos, que possibilitam reduzir de 6 horas para 20 ou 30 minutos o carregamento total dos veículos”, destaca.

Com relação às políticas públicas de incentivo, o dirigente ressalta que projetos, como o programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), seguem beneficiando a categoria, estimulando o uso de eletrificados e a produção de novas tecnologias em mobilidade verde. Além disso, avanços em benefícios estaduais e municipais, como a isenção na tarifa do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para eletrificados em Brasília, complementa uma política robusta de incentivos que viabilizaram o crescimento nacional no último ano.

Em 2025, a categoria espera ainda mais avanços em eletromobilidade, incluindo a ampliação da frota de ônibus elétricos em diversas cidades do Brasil. “Quando colocamos ônibus elétricos em circulação, falamos também em qualidade de vida para a população, com menos ruído e fumaça. Apostamos muito este ano na eletrificação na frota de ônibus e esperamos avançar para mais cidades do Brasil além de São Paulo”, avalia o presidente da ABVE.

Política adicional pode ampliar horizontes para Minas Gerais

Para os próximos meses, a grande expectativa se concentra no início da produção nacional de veículos eletrificados, com as multinacionais BYD e GWM inaugurando fábricas nos estados da Bahia e São Paulo. A chegada da produção nacional, segundo Bastos, permite maior confiança na hora de adquirir veículos por isso, e com isso, o setor espera sair de 177 mil unidades emplacadas em 2024 para 240 mil veículos em 2025 – um crescimento de 35% com relação ao ano anterior.

Além disso, o setor espera pela chegada de projetos de produção de componentes que ainda dependem de importações, além da ampliação de empresas que já produzem peças para combustão e passarão a produzir também para os eletrificados.

“O ano de 2025 será mais um de avanços, talvez não tanto quanto em 2024 em razão do aumento de impostos de importação, o que impacta veículos importados, mas obviamente estimula a produção nacional”, ressalta o dirigente.

Caracterizado por ser um Estado de conexão nacional por abrigar diferentes rodovias federais, Minas Gerais pode despontar em oportunidades para o segmento, tanto na ampliação do uso de veículos quanto em fábricas para produção de componentes elétricos. Para Bastos, a produção de matérias-primas essenciais, como o lítio, é um diferencial relevante que poderá gerar frutos para o Estado, especiaLmente na idealização de baterias.

“A gente quer que a indústria nacional produza baterias no Brasil. Se Minas Gerais contar com uma política adicional de incentivos, talvez esta indústria possa se instalar no Estado”, conclui.

Foto: José Cruz / Agência Brasil – Com informações de Diário do Comércio: https://diariodocomercio.com.br/economia/venda-veiculos-eletricos-recorde-minas-gerais-2024/

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