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Editorial - Opinião sem medo!

A notícia como deve ser!

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Recentemente temos recebido algumas mensagens questionando como são tratadas as pautas, informações e notícias que são cuidadosamente apuradas e noticiadas em nosso Popular.

Informações têm surgido de todas as partes e com elas especulações, fatos e até mesmo documentos que até poucos momentos eram desconhecidos ou não podiam ser encontrados passaram quase que de forma instantânea a ser um fato público.

Nesta edição do O Popular, por exemplo, estamos abordando duas denúncias que foram acatadas pelo Ministério Público e se tornaram inquéritos e a partir dai se tornaram um fato a ser noticiado em nosso diário.

Pois bem um filme que inclusive é vencedor do Oscar de melhor filme em 2017, chamado de “Spotlight: Segredos Revelados” traz à tona parte do que é o trabalho do jornalista na apuração e confecção e uma matéria denunciativa.

O filme trata em sua narrativa sobre uma editoria de um jornal norte americano que é conhecida por tratar de investigar assuntos delicados e que merecem de um trato investigativo apurado.

No fato em questão é investigado e denunciado após um longo tempo de investigação sobre uma série de crimes de pedofilia que ocorriam junto a todas as esferas e níveis de autoridades católicas, sendo então exposta uma imensidão de crimes que vieram a gerar uma retratação pública da igreja em todo o mundo.

Partindo dai temos que entender que primeiramente que nem tudo é notícia, nem tudo é fato, nem tudo deve ser noticiado. Principalmente em tempos onde as redes sociais estão repletas de especialistas e “comunicadores” que propagam opiniões e fantasias como se fossem evidentemente verdades.

Recebemos em nossa redação a cerca de dois meses denúncias sobre o caso de desvio de função dentro da prefeitura de Nova Serrana, porém, assim como não existia embasamento evidente que apontasse a irregularidade, apesar de tratar a pauta não demos continuidade na matéria.

Mas, assim como o Ministério Público precisa ser provocado, a redação de um jornal também deve ser estimulada por fatos, afinal a instauração de um inquérito, a divulgação de uma denúncia em plenário, a apresentação de uma queixa, uma decisão judicial, expõe e viabilizam para o jornalista a propriedade que lhe é necessária para divulgar, apontando as origens e entendimentos pelos quais são confeccionados sua linha editorial.

Ao sermos provocados procuramos ouvir e apurar as diretrizes e interesses, confeccionamos a denúncia com o posicionamento ou omissão de pelo menos dois lados envolvidos e partindo dai, após uma revisão editorial e entendimento jurídico o material é divulgado.

Recebemos por exemplo na tarde desta terça-feira, informações de que em administrações passadas, mais especificamente na do ex-prefeito Joel Martins, situação semelhante a de desvio de função era praticada.

Partindo dai se faz a pergunta: porque o jornal não denunciou quando ocorria o fato?

Simples, porque não houve por parte alguma uma denúncia, não houve exposição da informação, não houve posicionamento pelo MPMG, não foi encaminhado de forma alguma um fato como motivo de ser investigado, e podemos afirmar que por nossa linha editorial qualquer que seja o fato exposto será investigado desde que haja os princípios básicos para a construção da matéria.

Não somos nem temos os recursos da Spotlight, mas temos a decência de sabermos qual o nosso lugar e como cumprir nosso papel, não de forma imparcial (já que consideramos isso utópico), mas de forma neutra.

Expusemos Joel, quanto aos apostilamentos, expusemos Paulo quando se tornou inelegível com as contas reprovadas (inclusive com uma linha cronológica de processos e polêmicas judiciais), expusemos os vereadores afastados quando recebemos o aval do MPMG sobre a divulgação dos grampos e detalhes do afastamento, e também expomos as denúncias que se tornaram públicas em plenário e que agora é alvo de investigação.

Não nos opomos a quaisquer que sejam as denúncias, independente de Paulo, Joel, Euzebio ou qualquer que seja o cidadão; vamos cumprir nosso papel como manda a cartilha, e por isso somos O Popular, e damos a notícia como deve ser.

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