Relíquias e acervos de padre Libério estão em exposição em Divinópolis e Pará de Minas

As exposições estarão abertas para o público até o final do mês de julho. Falecido há mais de 40 anos, religioso é uma figura importante para o Centro-Oeste mineiro.

Divinópolis e Pará de Minas estão com exposições que mostram as relíquias e acervos históricos do padre Libério. Falecido há mais de 40 anos, o servo de Deus soube transmitir a fé com simplicidade ao povo. Com informações de g1 Centro Oeste de Minas.

As exposições estarão abertas para o público até o final do mês de julho. Confira abaixo os detalhes de cada uma delas e a história do padre Libério.

Divinópolis

Em homenagem aos 140 anos de nascimento de padre Libério, uma exposição com relíquias do servo de Deus foi montada no Museu Histórico de Divinópolis.

Objetos pessoais e outros itens utilizados pelo padre estão na exposição, que pode ser visitada até o próximo dia 31, das 8h às 17h, exceto finais de semana.

“As relíquias, algumas, foram dele mesmo, como o violão, lamparina, imagem de Nossa Senhora da Conceição, cadeira, estola e o kit de extrema-unção. Já os castiçais, o lavabo e as galhetas foram objetos que ele utilizava na Santa Missa”, citou Jhonatan Evangelista, coordenador administrativo do Lar dos Idosos Padre Libério.
A ideia do Lar dos Idosos é encontrar mais relíquias do padre e, assim, reconstruir o quarto onde ele viveu seus últimos dias.

“Quem tiver mais relíquias, objetos que foram dele ou que foram utilizados por ele, e quiser nos doar, basta nos procurar no Museu Histórico durante o mês de julho ou no Lar dos Idosos”, explicou Jhonatan Evangelista.
Pará de Minas
Em Pará de Minas, a exposição “Padre Libério Rodrigues Moreira – fé e devoção” acontece no Salão Nobre da Casa da Cultura.

Bengala, sandálias, paletó e registros do cotidiano do padre Libério constam na exposição. O documento de batismo do servo de Deus também pode ser visto no local.

Os itens que estão em exposição foram emprestados por alguns fiéis e outros são do Museu de Mateus Leme.

“A exposição consolida o Dia de Padre Libério, criado por lei no município de Pará de Minas. Além disso, busca valorizar a história do padre e mostrar a grande devoção de toda população da região”, ressaltou o historiador e diretor do Museu de Pará de Minas, Alaércio Delfino.
A exposição está aberta para o público até o dia 30 de julho, de 8h às 17h.

Quem foi o padre Libério

• Libério Rodrigues Moreira nasceu em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 30 de junho de 1884;
• Após a morte prematura do pai, interrompeu os estudos e foi obrigado a sustentar a família, dedicando-se ao trabalho no campo. Logo desenvolveu a vocação ao sacerdócio;
• Libério foi aceito no Seminário Mariana. Em 25 de abril de 1916 recebeu a ordenação sacerdotal. Tornou-se primeiro vigário na paróquia Pilar de Pitangui, onde permaneceu até 1924, exercendo também a função de mestre religioso. Mais tarde, tornou-se pároco de Pequi e São José da Varginha. Apreciando muito a sua capacidade pastoral, o Bispo o transferiu para diversas paróquias para relançar a ação pastoral;
• Em 1939 foi enviado para a freguesia de Nova Serrana, onde permaneceu seis anos. Depois, foi transferido para a de Leandro Ferreira, onde teve a missão de liderar duas comunidades ao mesmo tempo. Em 1965, aos 81 anos, foi transferido para Pará de Minas, onde recebeu a cidadania honorária por mérito social. No ano seguinte, celebrou cinquenta anos de sacerdócio;
• Em 1980, foi para um lar de idosos em Divinópolis onde, apesar da idade avançada, continuou a prestar serviço pastoral a outros pacientes;
• Padre Libério morreu em 21 de dezembro de 1980;
• Padre Libério foi um sacerdote simples e humilde, que viveu se dedicando aos doentes e aos pobres, a quem ajudava de forma material e espiritualmente.

Título concedido pelo Vaticano

Em março deste ano, a Igreja Católica deu mais um passo importante em direção à futura beatificação de padre Libério.

Ele foi declarado como venerável – título concedido para as pessoas reconhecidas pela Igreja Católica como tendo vivido uma vida virtuosa e exemplar, mesmo que ainda não tenham sido canonizadas como santas.

O reconhecimento é uma das etapas do processo de canonização, e significa que a Igreja reconhece que a pessoa viveu as virtudes cristãs em um grau heroico, e que sua vida é um exemplo para os fiéis.