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Editorial - Opinião sem medo!

Em boca fechada não entra mosca

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Por algumas vezes nós deste Popular trouxemos em nosso editorial uma reflexão sobre o falar demais. Em diversos textos abordamos as nuances de uma comunicação bem feita, os efeitos das palavras e até mesmo o fato de termos mais partes do corpo para receber do que para dar informações.

Pois bem, por mais uma vez vamos abordar o fato de que tem gente querendo demais, falando demais, se achando demais e no final, acaba apanhando demais.

Para começar não podemos deixar de exaltar o fato de que o presidente afastado da Câmara de Nova Serrana, em momentos pretéritos, bateu na mesa a disse, se tiver algo contra mim relacionado a nepotismo eu renuncio ao meu cargo.

Tudo bem, sobre nepotismo inicialmente não foi comprovado, pelo menos com evidências que vão além de postagens que circulam em redes sociais, ou que tenham sido tornadas públicas que, o crime referido foi cometido debaixo das asas de Osmar.

Contudo, a vergonha das provas de compra de voto e assessor fantasma, com mandado de segurança negado e todos os requintes que aquecem a impressão e que tem culpa no cartório, o nobre deveria então honrar com a palavra, uma vez que o objetivo é não sujar o nome da Câmara, e pedir a renúncia de seu cargo.

Seguindo nesse raciocínio, se sujar o nome da Câmara for um princípio de renúncia, temos mais uns quatro, que não foram afastados, mas que tomaram uma verdadeira surra legal.

Oportunistas e sorrateiros, claro que a justiça não os chamou , mas chamou a ação movida por eles dessa forma, e se isso não é ainda mais uma ação lamentável que coloca a política da cidade no chão, bom não sabemos o que mais pode acontecer.

Um destes vereadores, que carrega o título de vice líder do governo, mas que nas eleições para presidência não teve sequer apoio de sua base para ocupar a chefia da casa, passou mais uma vergonha, por ser mal entendido, ou por falar sem pensar e medir o impacto de sua língua.

Ao esboçar discurso forte e cheio de certeza quanto a cassação dos colegas afastados, duas coisas foram rebatidas em sua cara, sem nenhuma dó por outro vereador. Primeiramente que o processo de cassação não pode ser assinado por todos os vereadores, porque se assim o for, nenhum dos presentes poderão votar.

O segundo ponto que voltou de forma indigesta para Jadir foi que, o mesmo teve um assessor exonerado pela prática de nepotismo, e se assim o for, se o mérito da cassação for levado pela emoção, sem a conclusão dos fatos legalmente, ele (Jadir), também acabaria sendo alvo de um processo semelhante.

Com tanto tapa sendo dado na cara de vereador da base e da oposição, Jadir ainda teve seu momento de glória quando jogou no ventilador a notícia de que, em uma reunião a portas fechadas alguns semanas atrás foi colocado na mesa o desejo de não só ampliar o número de vereadores, como também o salário dos edis de Nova Serrana.

Sendo assim, os olhares se cruzaram, e por mais uma vez, o falar demais sem pensar colocou os vereadores em maus lençóis. Entenda, Nova Serrana é a cidade entre as quatro maiores da região com o menor número de vereadores.

Não que isso seja salutar ou depreciativo, mas de fato as demais cidades de perfil semelhante tem mais cadeiras. Também temos que lembrar que, episódios onde vereadores são afastados pelo Gaeco, com provas e indícios de crimes de corrupção como peculato, compra de voto e violação do princípio da impessoalidade não é algo presente no legislativo dos municípios vizinhos.

Por fim depois de tanto falar, o que percebemos foi um grupo de vereadores que olham mais para o chão do que para seus eleitores. Mas nesse momento isso nem é tão danoso, porque quem sabe assim, eles aprendem que em boca fechada não entra mosca.

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