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Flávio Bolsonaro defende o norte americano Elon Musk, e ataca o Tribunal Eleitoral brasileiro, sem ter provas

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Foto: Reprodução/Roda Viva

A entrevista do senador e filho do ex-presidente foi ao ar na noite desta segunda-feira

O senador Flávio Bolsonaro usou parte do seu tempo de entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, para defender o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), incluído recentemente no Inquérito das Milícias Digitais após proferir ataques ao judiciário brasileiro. O político também advogou pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e fez novos ataques ao Tribunal Superior Eleitoral. A entrevista foi ao ar na noite desta segunda-feira 8. Com informações de Carta Capital.

Sobre Musk, Flávio disse não considerar que o empresário cometeu crimes ao atacar o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes em publicações. Musk também não teria cometido crimes, segundo o senador, ao ameaçar não cumprir decisões judiciais, fato que o levou para o centro do inquérito no final de semana. De acordo com o político, o dono do X teria feito apenas uma pergunta. As próprias publicações de Musk, no entanto, confrontam a versão de Flávio.

“O que começa errado vai terminar errado. Isso não é com o Elon Musk, está acontecendo há mais de cinco anos com um inquérito totalmente ilegal, inconstitucional e imoral, aberto de ofício pelo Supremo Tribunal Federal para investigar determinada situação, deslocando o foro de qualquer cidadão brasileiro para o Supremo, contra o que diz a Constituição”, iniciou o senador, com os primeiros ataques ao Judiciário brasileiro.

“É obvio que ao longo do tempo isso vai criando uma série de contratempos, ilegalidades e de arbitrariedades. Tudo que acontece hoje no Brasil na internet automaticamente é puxado para esse grande buraco negro que é esse inquérito das fake news, que se ramificou vários outros inquéritos, como esse das milícias digitais”, completou.

Mais adiante, insistiu: “Um cidadão americano, uma empresa privada, do meu ponto de vista, não cometeu crime nenhum, apenas falou, se posicionou, fez uma pergunta ao ministro que usa a rede social dele. O Elon Musk não tem foro por prerrogativa de função, está tudo errado. O ministro toma mais uma vez uma decisão monocrática, antes que qualquer ato fosse cometido, já incluindo Musk no inquérito”.

O senado aproveitou a resposta sobre Musk para também ecoar críticas ao ministro do Supremo. Sobre Moraes, disse que o magistrado tem “postura exagerada, ilegal e contraditória” e que isso leva o Supremo a se envolver em “assuntos que ele não deveria estar se envolvendo”.

Apesar das críticas, Flávio disse não acreditar que a destituição de Moraes, como defendeu Musk no final de semana, seja a saída da situação.

“Eu sou sempre pelo diálogo, não considero que um impeachment de um ministro seja a solução do Brasil”, destacou. “Não acho que pedir impeachment de ministro do STF seja o mais adequado. Defendo autorregulação do Supremo. E essa é uma ótima oportunidade”.

Bolsonaro e ataques ao TSE

Na sua participação no Roda Viva, Flávio aproveitou, também, para sair em defesa do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está no centro de um inquérito que apura uma tentativa de golpe no País. Um ‘crime impossível’, segundo o senador.

“O presidente Jair Bolsonaro jamais cogitou tentar dar golpe em lugar nenhum. Apesar dele não ter passado a faixa simbolicamente para o Lula, ele foi embora do Brasil, irresignado, e as coisas continuaram. Ele foi embora chateado e desmotivado”, disse. “Quem não ficaria abalado com o resultado das eleições…não só com o resultado, mas com a forma”, completou.

Mais adiante, o senador tornou a tratar ‘da forma’ das eleições que teriam levado ao ‘resultado inesperado’ pelo seu grupo. É nesse momento que direciona os ataques ao TSE e, sem provas, diz que a Justiça Eleitoral favoreceu o petista na disputa presidencial.

“O que o TSE fez antes, durante e depois das eleições ficou muito claro para todo mundo que ele pesou muito mais a favor de um lado do que do outro. Você vai lembrar que a gente foi censurado de falar muitas verdades sobre o Lula”, atacou.

“Grande parte das propagandas eleitorais nossas não foi ao ar, coincidentemente na Região Nordeste. Muitos eleitores estariam mais atentos e [teriam] votado em Bolsonaro”, insistiu, novamente sem apresentar os dados.

Ele, repetidas vezes, alegou que os brasileiros têm dúvidas sobre o sistema eleitoral, em especial na disputa para Presidência, evitando colocar suspeição sobre a sua própria eleição para o Senado Federal.

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