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Veja o vídeo – Compra de votos: Documentos encontrados em gabinete de Osmar Santos apontam para novos crimes
Documentos encontrados em gabinete do vereador afastado Osmar Santos apontam para esquema de compra de votos em Nova Serrana
A situação dos vereadores de Nova Serrana, quanto aos seus afastamentos e possíveis crimes de peculato-desvio está cada vez mais séria e grave, isso porque o Ministério Público (MP) agora tem documentos que apresentam indicações de compra de votos por parte do presidente da Câmara Municipal, Osmar Santos (Pros) e ainda, um esquema nesse sentido está sendo investigado.
Segundo matéria divulgada pela TV Alterosa Centro-Oeste a promotoria encontrou indícios de compra de voto no gabinete do presidente afastado vereador Osmar Santos; nos documentos havia anotações de eleitores beneficiados com consultas, exames, empregos, inclusive quais iriam votar nele ou não nas próximas eleições.
Conforme informado, o Ministério Público analisou os documentos apreendidos no gabinete de Osmar Santos e encontrou indícios de mais crimes, em meio aos papeis encontrados no gabinete da presidência alguns documentos chamaram a atenção da promotoria de justiça.
Os documentos foram apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na câmara de Nova Serrana e nas casas dos vereadores e assessores na última semana, durante o desencadeamento da operação Kobold, realizada pelo MP.
Foram então encontrados vários formulários com pedidos de ajuda ao parlamentar e anotações sobre o fato do cidadão ser ou não eleitor de Osmar. Os documentos mostram inclusive que um dos eleitores teve o pedido de ajuda negado porque era ligado a outro candidato e foi até mesmo chamado de ingrato.
Na perspectiva do promotor de justiça, Dr. Ângelo Ansanelle, coordenador do Gaeco, as acusações são graves contra os edis. “Não só o vereador Osmar Santos, mas como os demais vereadores, parece que atendiam interesses particulares de pessoas que eram seus eleitores, e dependendo da época que isso foi feito, pode caracterizar captação ilícita de sufrágio que é crime eleitoral, além da questão de improbidade administrativa pela quebra do principio da impessoalidade”. Disse o promotor à equipe da TV Alterosa.
O MP ainda aponta que além de contratação havia um esquema na Câmara Municipal envolvendo principalmente a marcação de exames, consultas e até oferecimento de procedimentos médicos.
Os documentos apreendidos no gabinete do presidente apresentam vários casos nesse sentido, como o de uma mulher solicitando auxilio para conseguir um procedimento médico, teve o pedido negado, porque não vota no vereador Osmar Santos. Em outro documento uma solicitante foi chamada de ingrata e já em outra solicitação, de um homem que pedia para realização de uma vasectomia, as anotações apontavam “ok vai votar”.
Ainda de acordo com o entendimento da promotoria o vereador privilegiava as pessoas que eram seus eleitores. “Todos os vereadores não só aqui, mas em outros locais, eles promovem esse tipo de situação, eles se apartam da impessoalidade e passam a trabalhar pela pessoalidade. Eles passam a fazer favores muitas das vezes onerando o poder público, para quem eles bem intendem, sem algum tipo de triagem, sem qualquer tipo de verificação, sem avaliar se as pessoas realmente tem a necessidade”.
O MP acredita que a prática acontecia há bastante tempo, sendo agora averiguados quais os prejuízos ao erário, uma vez que os favorecimentos eram desde ajuda para procedimentos médicos, regularização de documentos e até doações de lotes.
Para continuidade das investigações servidores da Câmara já foram ouvidos pelo MP, para que as investigações tenham um maior entendimento sobre esse tipo de esquema, e para que possam ser aferidos se houve e quais os danos aos cofres públicos.
O promotor ainda aponta que “se houve essas doações de lote, de valores para consulta, queremos saber se foram atendidos e como foram atendidos, porque podem configurar além de crime de peculato, improbidade administrativa”.
Nota
Ainda segundo a matéria divulgada pela TV Alterosa, “em nota o advogado que representa os vereadores afastados, negou as acusações, e disse que ainda não teve conhecimento dos documentos apreendidos, e assim que tiver ciência dos detalhes desta acusação entrará em contato com a imprensa para que mais informações sejam repassadas”.
Fonte: TV Alterosa
Veja o Vídeo Reportagem TV Alterosa