Economia
Setor de bolsas e acessórios de MG cresce em 2023
Apesar das dificuldades enfrentadas em 2023, o setor de bolsas e acessórios em Minas Gerais apresentou resultado positivo, segundo o vice-presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria de Bolsas e Cintos de Minas Gerais (Sindibolsas-MG), Ivanildo Ardison. Com informações de Diário do Comércio.
De acordo com ele, foram vários desafios enfrentados no ano passado, como a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, além da elevação dos preços das matérias-primas e o impacto das adequações políticas e econômicas de um novo governo no País.
O dirigente estima que as indústrias do segmento em Minas tiveram um crescimento de 15% em relação a 2022, mesmo com os desafios apontados e apesar da disputa de mercado com os produtos chineses. “A concorrência chinesa tem afetado a indústria nacional como um todo”, frisa. Para ele, a saída é as empresas buscarem se reinventar no mercado.
Chineses
E Ardison não está sozinho. Diversos dirigentes do setor industrial mineiro já destacaram os impactos da disputa de mercado com os chineses, seja por meio das plataformas digitais estrangeiras ou através das exportações. Um deles foi o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Lacerda, que disse ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que espera que a isenção tributária para produtos de até US$ 50, feita pela internet, seja revertida neste ano.
De acordo com levantamento realizado pela Inteligência de Mercado da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a isenção coloca em risco imediato mais de 30 mil postos de trabalho na indústria calçadista nacional.
E as siderúrgicas mineiras também mudaram os planos no decorrer do ano passado por causa da concorrência com o país asiático. Entre as medidas tomadas estão a redução da produção e dos investimentos, bem como a suspensão dos contratos de trabalho.
2024
Em um cenário em que o Sindibolsas-MG já foi incorporado ao Sindicato da Indústria de Calçados do Estado de Minas Gerais (Sindicalçados-MG), Ardison avalia que 2024 será desafiador, mas com muitas oportunidades de crescimento para o setor de bolsas e acessórios no Estado.
Ele afirma que é possível crescer 20% neste ano. Para isso, a aposta é no consumo consciente, com produtos duráveis e atemporais.
De acordo com o dirigente, as indústrias de bolsas e acessórios chegam a 250 em Minas Gerais, sendo a maioria localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte e 95% são micro e pequeno portes. A atividade gera em torno de 2,5 mil postos de trabalho no Estado.