O que se sabe sobre o médico suspeito de causar a morte de 42 pessoas

O médico João Batista do Couto Neto, de 47 anos, suspeito de causar a morte de 42 pacientes e lesionar outros 114 em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi preso na tarde desta quinta-feira (14). O cirurgião foi encontrado em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. Com informações de Itatiaia.

Conforme a Polícia Civil, os três primeiros indiciamentos do profissional decorreram das mortes de dois homens e de uma mulher. Segundo a investigação, Couto realizava cirurgias de hérnia, vesícula e refluxo, mas vários procedimentos teriam sido realizados sem autorização dos pacientes.

Uma motorista contou ao G1 que foi operada há 11 anos pelo médico para retirar um nódulo no intestino e diagnosticada com um falso câncer raro. “Retirou do meu intestino, segundo ele me falou quando eu voltei da anestesia, 10 centímetros para cima do nódulo e 10 centímetros para baixo do nódulo do meu intestino, pois eu teria um câncer muito raro que ele não saberia como tratar”, contou. Após uma biópsia, foi comprovado que a paciente não tinha câncer.

O defensor do médico, advogado Brunno de Lia Pires, disse que a prisão preventiva não tem base legal. “Qualquer jurista vê que essa prisão não tem qualquer fundamento. Prisão preventiva é quando há risco de fuga ou ameaça a testemunhas, o que não existe. Ele sequer foi impedido de exercer a Medicina.