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Editorial - Opinião sem medo!

Autores de um crime social

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A educação é a solução para um futuro mais digno e promissor. Essa é uma afirmativa que tem seus valores principalmente para as pessoas que tem perspectiva de terem um futuro mais promissor e justo.

O otimismo dessas pessoas faz com que a crença na mudança do comportamento seja visto como uma perspectiva mais do que necessárias para que, em um futuro não tão distante, possamos almejar uma sociedade melhor.

Com o pensamento assim otimista visando uma mudança de perfil, temos constantemente ampliado as noções de direito e deveres. O fato é que, hoje se ouve falar muito em ter direitos garantidos, assegurados.

O que poucos falam, no entanto é que os direitos carregam consigo as responsabilidade, e se as responsabilidades não são cumpridas, perdemos assim a condição, ou o direito de pleitear algo maior.

Vamos falar aqui da saúde e da situação presenciada em Nova Serrana, e aqui sim, ao contrário do editorial da ultima edição, onde apontamos um fato, vivenciado em uma unidade e momento talvez único, aqui vamos valar de um sistema de saúde como um todo.

Nova Serrana hoje presencia um momento de epidemia de dengue. São mais de 800 casos notificados e duas mortes suspeitas. As pessoas se julgam diante disso no direito de cobrarem carro fumacê, limpeza de lote, combate a dengue por parte do executivo e como consequência do sistema de saúde.

Se julgam no direito, mas não cumprem com suas responsabilidades. É mais do que constatado que 95% dos focos de proliferação do mosquito não estão nem nos lotes vagos, cheios de mato. Mas sim dentro das casas dos mesmos populares que vão para as redes sociais protestarem contra a dengue na cidade.

A saúde é vista como lastimável quando chega até a UPA e tem que aguardar horas para ser atendido e medicado. Mas o mesmo é incapaz de, buscar o PSF do seu bairro e ser atendido de forma preventiva.

Reclamamos que o mosquito tem que ser morto, mas nós não tomamos nossas medidas e acabamos com os criadouros. Nós reclamamos das medidas adotadas, mas não cooperamos para que o problema seja efetivamente resolvido.

Pediram o Fumacê e o carro chegou, um posto especializado em atendimentos em caso de dengue está sendo instalado, medicação até intravenosa será viabilizada, exames e todos os procedimentos que são devidos em caso de epidemia.

O direito cobrado está sendo atendido, agora o problema é, será que nós população vamos cumprir com nossas responsabilidades?

É constatado que a saúde preventiva é a melhor forma de reduzir os índices de doenças e despesas com saúde em todo o mundo.

Parte da saúde preventiva está relacionada a cuidar do habitat, ter higiene, praticar a cidadania e ter consciência do que deve ser efetivamente solicitado e cobrado.

A parte do executivo e da saúde pública quanto a dengue vem sendo promovida, o problema agora está nas mãos dos populares, que precisam de não mais do que 15 minutos na semana para eliminarem os focos de dengue.

Na edição de ontem, criticamos o atendimento em específico que nosso jornalista recebeu na UPA, e até elogiamos parte dos trabalhos ali desenvolvidos. Agora criticamos o senso popular, que se omite diante do problema querendo fazer com que sua responsabilidade seja incubada no direito a saúde.

Claro constitucionalmente todos temos o direito a saúde, mas como cidadãos todos temos que ter a consciência de que, a responsabilidade pela limpeza de nossas casas é individual, e por mais que alguns optem por viver em uma ambiente pobre (badernardo), quando minha irresponsabilidade atinge ao próximo deixamos de ser vitimas e passamos a ser autores de um crime social. Passamos a ser cumplices da epidemia que assola a nossa cidade.

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