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Mesmo internada, jornalista espancada por namorado recebe ameaças por mensagens de texto

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Após manter a namorada presa em seu apartamento, na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por três dias, agredindo-a com cassetete e soco-inglês, Fred Henrique Lima Moreira ainda ameaçou a mulher. As informações são do Jornal O Globo.

Em mensagens enviadas ao celular da jornalista Luka Dias, de 37 anos, na última terça-feira (3), ele escreveu: “Um dia tu sai (sic), hospital não é eterno”. Na ocasião, ela estava internada por ter sofrido traumatismo craniano, fratura na mandíbula, além de diversos hematomas pelo corpo. Ontem, ele foi preso temporariamente por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura.

“Tive que reconstruir meu maxilar e ainda estou muito deformada, mas graças a Deus não corro mais risco de vida. Agora, o que eu posso dizer para as mulheres é: tenham coragem! A vida é muito linda e vale muito a pena enfrentar os nossos agressores. Somos muito mais fortes do que pensamos: basta acreditarmos nessa nossa força e no trabalho da polícia, que foi extremamente ágil, eficiente e cuidadosa. Não somos o sexo frágil, somos o sexo forte, somos imbatíveis! Hoje, tenho a certeza de que sou uma sobrevivente”, relatou a jornalista, em entrevista ao Jornal O Globo.

De acordo com a delegada Natacha Alves de Oliveira, titular da 12ª DP (Copacabana), a jornalista manteve um relacionamento com Fred nos últimos oito meses, período em que ele já demonstrara um perfil violento e manipulador. Ele chegou a agredi-la em 31 de dezembro do ano passado e no dia 26 de abril, ocasião em que começou a ofendê-la com acusações de infidelidade e depois passou a golpeá-la com o cassetete nas pernas, nas costas e na cabeça.

Na manhã seguinte, ao acordar, a vítima tentou gritar por socorro e acabou por receber um golpe de mata-leão por pelo menos três vezes. Fred ainda puxou o cabelo da namorada e arremessou no solo, dando golpes em sua cabeça até a mulher desmaiar. Na última sexta-feira (29), ela conseguiu deixar o apartamento e procurar a delegacia.

Foto: Divulgação/PCERJ

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